O presidente da Associação Brasileira da Indústria e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, disse hoje que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou com a possibilidade de estipular uma alíquota sobre a folha de pagamento inferior a de 1,5%, que já é adotada hoje para o segmento de confecções dentro do Plano Brasil Maior.
"A reunião com o ministro foi muito importante e notamos a possibilidade de haver essa diminuição", disse após encontro com Mantega no Ministério da Fazenda. No Plano Brasil Maior alguns setores foram desobrigados a pagar os 20% de INSS e passaram a adotar alíquotas específicas sobre a folha de pagamento. O setor de confecções aderiu à taxa de 1,5%, mas o setor têxtil como um todo avaliou que a alíquota não seria suficiente para desonerar o setor.
Segundo Diniz Filho, o custo da folha de pessoal representa praticamente 50% do custo total do segmento de confecções. Ele disse que uma redução das alíquotas seria importante para diminuir esse custo, mas não adiantou qual seria o impacto efetivo se for adotada alíquota menor, de até 1%. O presidente da Abit relatou que Mantega não adiantou se o Plano Brasil Maior será prorrogado. As medidas anunciadas no ano passado valem até 2014. O executivo também disse que Mantega não exigiu qualquer tipo de contrapartida do setor para essa desoneração.