Pelo menos 12 pessoas foram presas durante uma operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira no Sul de Minas. O objetivo da ação foi desarticular uma quadrilha que fraudava o seguro-desemprego. Entre os presos estão quatro servidorse públicos. Conforme informações da Polícia Federal, uma pessoa está foragida. A polícia cumpriu ao todo 13 mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão nas cidades de Pouso Alegre e Machado. A ação foi batizada de "Hefesto", em alusão ao deus grego protetor do trabalho. Entre os investigados estão servidores públicos federais, falsificadores e agenciadores.
De acordo com a PF, o grupo começou a operar em agosto de 2011, por meio da criação de vínculos trabalhistas fictícios em Carteiras de Trabalho, de pessoas que eram procuradas pelos integrantes da quadrilha e, utilizando-se de ata de audiência ideologicamente falsa, da Justiça do Trabalho, buscavam obter parcelas de seguro-desemprego. Estima-se que o grupo criminoso tenha causado um prejuízo de aproximadamente meio milhão de reais aos cofres públicos.
Os presos responderão pelos crimes de estelionato qualificado (artigo 171, § 3º), formação de quadrilha ou bando (artigo 288), falsidade ideológica (artigo 299) e uso de documento falso (artigo 304), todos do Código Penal Brasileiro, cujas penas somadas podem chegar a 18 (dezoito) anos de reclusão. Segundo a PF, o nome da Operação (Hefesto) é uma alusão ao Deus grego, protetor do trabalho.