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Estado de Minas

Mercado prevê taxa Selic a 9%

Expectativa dos analistas, após ata da reunião do Copom, é de afrouxamento nos juros já em abril e de inflação maior


postado em 20/03/2012 06:00 / atualizado em 20/03/2012 06:37

O Banco Central conseguiu, em parte, o que queria. Na primeira pesquisa Focus, divulgada após a ata da reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado financeiro passou a prever que o ciclo de afrouxamento monetário será encerrado em abril, quando a taxa Selic cairá, de uma só vez, dos atuais 9,75% ao ano para 9%. Os analistas sinalizaram, no entanto, que o país terá que conviver com uma inflação mais alta. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos 12 meses passou de 5,36% para 5,37%. É a quarta semana de alta seguida, quando a projeção do índice saiu de uma base de 5,27%.

Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, essa expectativa de inflação em alta não deve se manter. Ele acha que é uma questão de tempo para os analistas caminharem na direção que o Banco Central deseja, ou seja, uma redução da projeção de inflação.  A inflação a curto prazo está se comportando de maneira benigna e hoje tanto os dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) quanto da Fundação Getulio Vargas confirmam essa tendência, observou.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela Fipe registrou alta de 0,01% na segunda quadrissemana de março. O resultado ficou abaixo da média esperada pelo mercado, que era de uma elevação de 0,05%.

Antes da divulgação da ata, na semana passada, o mercado esperava que a taxa básica de juros da economia fosse para 9,5% em abril, caindo mais uma vez no final de maio. Agora, diante da clareza do BC no documento, os economistas esperam a manutenção da taxa Selic em 9% pelo menos até o fim do ano. Para 2013, os analistas preveem a volta do ciclo de aperto monetário, com a Selic voltando para o patamar de 10% para conter a inflação.

De acordo com os economistas do banco espanhol Santander, a pesquisa Focus não trouxe muitas novidades. O destaque, ressaltaram, ficou apenas para a elevação da perspectiva de câmbio para 2013, que passou de R$ 1,75 para R$ 1,80. Para este ano, foi mantida a estimativa de o dólar valer
R$ 1,75 no final de 2012. Também permaneceu constante a projeção para o PIB, tanto deste ano quanto para o próximo. Para 2021 o mercado prevê uma variação de 3.,30% para o PIB e de 4,20% para 2013.

Pregão A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão dessa segunda-feira perto da estabilidade. O Ibovespa teve leve alta de 0,07%, aos 67.730 pontos. O giro financeiro foi de R$ 12,467 bilhões, com 619.811 negócios fechados. O dólar apresentou uma leve alta, no câmbio comercial foi cotado a R$ 1,806.


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