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Estado de Minas

FMI adverte sobre risco de escalada de preços do petróleo devido à crise iraniana


postado em 20/03/2012 13:27

Os preços dos contratos futuros de petróleo subiriam entre 20% e 30% caso houvesse uma interrupção das exportações de petróleo iraniano, o que abalaria a economia mundial, em um momento no qual "o mundo tem se afastado lentamente do abismo", advertiu nesta terça-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

"Haveria claramente um impacto para as economias se houvesse uma interrupção das exportações de petróleo iraniano. Sem dúvida, isso provocaria uma alta por um tempo, o que traria consequências sérias para a economia mundial", disse a diretora durante uma coletiva de imprensa em Nova Délhi, onde realiza uma visita oficial.

O FMI estima que uma suspensão das exportações de petróleo iraniano poderia elevar os preços entre 20 e 30% enquanto os países dependentes do petróleo iraniano não encontrassem outras fontes de abastecimento.

Teerã, acusada pelos ocidentais de querer construir uma bomba atômica e submetida a sanções, ameaçou no final de dezembro fechar o Estreito de Ormuz, pelo qual transita 35% do petróleo transportado via marítima do mundo.

Ao mesmo tempo, o FMI considera que apesar da persistência de fragilidades que continuam afetando o sistema financeiro mundial, a situação financeira não é tão preocupante agora como no início do ano.

"Nós nos afastamos do abismo perto do qual estávamos há três meses", afirmou, em coletiva de imprensa, antes de ressaltar que as medidas adotadas pelo Banco Central Europeu e os países da União Europeia para ajudar a estabilizar a situação econômica mundial.

Segundo o Fundo, no entanto, há ainda zonas vulneráveis que precisam ser recuperadas com vigor, como uma saúde melhor para as instituições financeiras.

"As instituições financeiras foram agentes muito contagiosos nesta crise. Isso demonstra que é preciso se concentrar nas reformas. As instituições financeiras devem ser agentes de crescimento e não ameaças para o crescimento", afirmou Lagarde.

A autoridade máxima do FMI defendeu essas teses em Pequim, em um Fórum que reuniu empresários e pesquisadores de todo o mundo, assim como dirigentes chineses.

Quanto à Índia, a terceira potência econômica da Ásia, a chefe do FMI pediu que o governo insista no desenvolvimento das infraestruturas como portos e aeroportos e reduzam o déficit orçamentário.


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