O setor financeiro brasileiro demonstrou uma sólida resistência ante a instabilidade internacional, graças em boa parte às políticas governamentais, segundo um relatório conjunto do FMI e do Banco Mundial publicado nesta quarta-feira.
"O Brasil ostenta uma posição única para impulsionar o desenvolvimento de seu setor financeiro de forma vigorosa, particularmente para aprofundar o financiamento privado de longo prazo", explicaram as instituições no comunicado conjunto.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) realizaram um monitoramento durante as últimas três semanas, como parte de um programa de avaliação financeira dos países emergentes estabelecido em 1999.
Apesar disso, ressaltam as duas instituições, o desenvolvimento dos mercados de capital no Brasil segue sofrendo com as altas taxas de juros e com o curto prazo da maioria dos instrumentos de investimento financeiro.
Modificar esta situação é "uma agenda difícil", reconhece o comunicado. Embora esteja reduzindo progressivamente suas taxas de juros, o Brasil mantém uma rígida política que dificulta a entrada de capitais especulativos em seus mercados, principalmente por meio de impostos, em um contexto de forte valorização do real. A avaliação do setor financeiro brasileiro foi efetuada por uma equipe liderada respectivamente por Dmitri Demekas, do Fundo, e por Augusto de la Torre, do BM.