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Estado de Minas

Shoppings amargam apagão de mão de obra

Empresários reclamam da baixa qualificação e falta de comprometimento dos poucos que se habilitam às vagas


postado em 23/03/2012 06:00 / atualizado em 23/03/2012 06:42

Nos corredores dos shoppings, a queixa é generalizada: a mão de obra sumiu. Segundo levantamento realizado pelo Del Rey, 68% dos lojistas ouvidos têm vagas em aberto e querem contratar, mas 70% deles encontram dificuldade para encontrar candidatos com o perfil desejado. Enquanto a fome não se une à vontade de comer, 200 vagas estão disponíveis no centro de compras para os mais diversos cargos, com destaque para vendedor (62% das vagas oferecidas), seguido de caixa (22%) e estoquista (11%).

“Hoje, se houvesse 18 pessoas capacitadas disponíveis, eu contrataria todas”, garante o proprietário da Enxovais Sonho Perfeito e presidente da associação dos lojistas do Shopping Del Rey, Márcio Pasch. O gerente da loja Canal X, Valmir Ferreira de Souza, também está ansioso para selecionar candidatos para o turno da noite, que hoje conta com apenas uma vendedora. “As duas vagas estão abertas há três semanas e não temos candidatos”, lamenta.

O cenário é compartilhado pelo BH Shopping, que atualmente conta com um banco de 130 oportunidades. Ciente dessa dificuldade, a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) já prepara um programa de treinamento para auxiliar os empresários na busca por profissionais. “Vamos ter um banco de vagas e, à medida que as pessoas se candidatarem, vamos disponibilizar, a preços bastante subsidiados, cursos de treinamento para que elas possam se preparar para entrar no mercado”, planeja o diretor de relações institucionais da Alshop, Luís Augusto Ildefonso da Silva.


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