O prazo dado pelo governo grego aos credores privados relutantes em participar na redução parcial da dívida de seus ativos termina nesta sexta-feira, às 17H00 de Brasília, dentro da operação de reestruturação da dívida.
Esses credores possuem cerca de 8 bilhões de euros em títulos de direito estrangeiro e empréstimos avaliados pelo Estado, em meio aos 206 bilhões de euros afetados pela operação de reestruturação.
A agência da dívida grega prevê informar, ao término da operação, a quantidade de credores que aderiram finalmente à reestruturação.
A operação de troca da dívida PSI (private sector involvement) visa o perdão de 107 bilhões da dívida soberana grega em mãos privadas e reduzir a porcentagem total de 160% do PIB atual a 120% em 2020.
O essencial desta reestruturação, que afetou os títulos da dívida do direito grego, foi concluído em meados de março com uma participação massiva de credores privados do país, e que exigiram perdas de mais de 70% do investido.
O êxito da operação de reestruturação abriu a possibilidade de desbloqueio pela zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de uma segunda injeção de fundos, que até 2015 alcançará um total de 185 bilhões de euros, após os 73 bilhões desembolsados desde maio de 2010, no primeiro pacote de ajuda.
Desta nova ajuda, Atenas já recebeu, em 20 de março, 7,5 bilhões de euros.
Trata-se de um perdão da dívida de 107 bilhões, o esforço total de ajuda a favor da Grécia desde 2010 se elevará em 2015 a 365 bilhões de euros.