A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) deve fechar o mês de março em torno de 0,50%, previu o coordenador do IPC-S e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Picchetti. "Até pelo ritmo que o índice vem apresentando, deve ficar perto desta taxa", comentou. Após fechar fevereiro em 0,24%, na primeira quadrissemana de março, o IPC-S ficou em 0,41%, acelerou para 0,47% na segunda e ainda mais, para 0,51%, na terceira.
Segundo o economista, no fechamento do mês as carnes e o item Empregada Doméstica devem continuar sendo destaque. A desaceleração da queda nos preços das carnes representou o principal impacto no comportamento do IPC-S da terceira quadrissemana de março, segundo o coordenador do IPC-S.
Outro fator importante na trajetória do indicador, foi a alta de 4,93% do item Empregada Doméstica Mensalista, que contribuiu com mais 0,02 ponto na variação do índice, representando a maior influência positiva. "Por sinal, foi uma diferença grande em relação ao IPCA-15, que veio com redução neste item. É estranho porque se olharmos os próprios dados de mercado do trabalho que o IBGE divulgou, fica mais fácil contar a história de aumento do que de uma redução, com elevação do salário mínimo, etc.", disse.