A China pediu nesta segunda-feira "que a voz dos países em desenvolvimento" seja levada em conta quando o novo presidente do Banco Mundial (Bird) for escolhido, em um contexto de crescentes pressões para pôr fim ao monopólio americano na cúpula da instituição financeira.
Três candidatos se apresentaram para substituir o presidente atual do BM Robert Zoellick, dois deles não americanos, o que significa uma tentativa inédita de acabar com este monopólio.
"A eleição à frente do Banco Mundial, como de outras instituições financeiras internacionais, deve ser feita em função de princípios de igualdade, abertura e transparência", assegurou à imprensa o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hong Lei.
"Deveríamos prestar atenção à voz dos países em desenvolvimento e garantirmos que estão representados no Banco Mundial e em outras instituições financeiras", afirmou.
Os candidatos são o médico e antropólogo americano de origem coreana Jim Yong Kim, presidente do Dartmouth College e patrocinado por Washington; o colombiano José Antonio Ocampo, professor na Universidade de Columbia; e a ministra nigeriana das Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala.
Ao ser aplicado um pacto não escrito entre as potências europeias e os Estados Unidos, que data de 1945, os 11 presidentes do BM foram americanos e todos os diretores-gerentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) procediam da Europa.