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Estado de Minas

Pesquisa confirma prejuízos para comércio da Savassi provocado pelas obras


postado em 27/03/2012 08:54 / atualizado em 27/03/2012 09:23

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Pesquisa do Sindicato dos Lojista do Comércio de Belo Horizonte (SINDILOJAS-BH) e da Fecomércio (MG), realizada com os lojistas da Savasssi, detectou o real impacto provocado pelas obras de requalificação do local. De acordo com os lojistas entrevistados, 65% sentiram quedas nas vendas no período de março de 2011 a março de 2012 - data em que foram realizadas as obras. De março de 2010 a março de 2011, 25% responderam que o movimento se manteve estável e apenas 10% disseram ter obtido crescimento.

O objetivo da pesquisa é ajudar os lojistas a buscar alternativas e estratégias para reativar o setor na região. Sobre as perdas no período das obras, 40% disseram ter sentido queda nas vendas entre 20 a 50%. 40% observaram redução entre 10 a 20% nas vendas, e 10% dos lojistas amargaram entre 50 a 70% de declínio nos negócios.

Entretanto, os lojistas estão apostando na melhora dos negócios e 75% dos entrevistados disseram ter expectativas otimistas, enquanto 25% não crêem nisso. O otimismo se justifica em 39% pelo ambiente agradável para os freqüentadores, em 30,5% pelas melhorias da região que podem trazer novos clientes, em 13,6% devido a melhoria da acessibilidade para as lojas, em 10,2% pela criação de vagas para estacionamento e em 6,8% pela possibilidade de abertura das lojas até mais tarde.

Entre os 25% dos empresários que não crêem em melhoria as razões são a falta de estacionamento (50,0%), diminuição do público (33,3%) e aumento dos custos como IPTU, aluguel (16,7%).

Ainda de acordo com a pesquisa, apesar das obras já estarem no final, o movimento de volta clientes continua lento, o que, segundo alguns lojistas, é agravado pela falta de vagas para estacionamento. Outro ponto importante são os valores de aluguel futuro, que poderá afetar o perfil do comércio da Savassi, ocasionar o fechamento de estabelecimentos já tradicionais na região, como, por exemplo, a Cafeteria Savassi.

De acordo com o presidente do SINDILOJAS-BH, Nadim Donato, “os valores cobrados pelos aluguéis estão crescendo em um ritmo assustador. Nota-se na pesquisa que, por enquanto atingiu pequena parte dos lojistas, que ainda estão com os aluguéis antigos, mas o Sindicato tem recebido informações de que os valores do metro quadrado teem subido acima de 50%”, explica.

Em relação ao número de lojas fechadas, Nadim Donato comenta que, “pesquisa mostrou um total 51 lojas que abaixaram as portas. Entre elas 31 estão apenas fechadas, 14 fechadas com placa de aluga-se, seis fechadas com placa de passa-se o ponto e 01 aberta, mas com placa de passa-se o ponto", revela.

Para o presidente do SIDILOJAS-BH, “os números mostram que esses empresários não aguentaram e encerraram seus negócios e, aqueles que, continuam funcionando, além de ainda sofrerem com a queda nas vendas, agora, infelizmente, enfrentam ou vão enfrentar o aumento dos valores do metro quadrado na renegociação dos contratos de aluguel".

A pesquisa detectou ainda que na Avenida Getúlio Vargas, onde se concentraram as obras, está o maior número de portas fechadas: 10 lojas, seguida por sete na Rua Fernandes Tourinho, seis na Rua Paraíba, quatro na Rua Antônio de Albuquerque, duas na Rua Alagoas, e uma na Rua Santa Rita Durão.


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