O governo grego que surgirá das eleições legislativas previstas para maio deverá manter a política de saneamento das contas públicas e reduzir os gastos em 12 bilhões de euros em 2013 e 2014, advertiu nesta sexta-feira o primeiro-ministro, Lucas Papademos.
"A Grécia se comprometeu, no âmbito de um novo empréstimo acordado ao país (pela eurozona e pelo FMI) a reduzir os gastos públicos em 12 bilhões de euros" nos próximos dois anos, disse o primeiro-ministro perante o Parlamento, onde respondeu a um interrogatório sobre a economia.
Papademos destacou que "estão sendo realizados estudos para definir os gastos que deverão ser cortados, e estas análises serão finalizadas antes de expirar o mandato do atual governo para que a próxima equipe possa tomar suas decisões".
"O objetivo é reduzir os desperdícios, e não reduzir ainda mais os salários", disse.
"A recuperação depende da limitação dos gastos e da aplicação estrita do programa", disse Papademos.
O dirigente também lamentou a recessão que atinge o país desde 2008 e que ainda deverá ser mantida, elevando ainda mais a taxa de desemprego, "que se agravou para além do previsto nos últimos anos". No quarto trimestre de 2011, o desemprego chegou a 20,7%, contra 14,2% um ano antes.
"Este ano e o início do próximo não serão nada fáceis, mas será necessário manter o esforço para que os sacrifícios do povo grego não sejam em vão", disse.