Um mercado técnico, com influência dos indicadores macroeconômicos dos Estados Unidos, era o que esperavam para hoje os operadores domésticos de câmbio. Mas eis que surge na Europa, animando os investidores, a informação de que os ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo) aprovaram a elevação dos recursos do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM) e da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF) de um total de 500 bilhões de euros para 700 bilhões de euros. O dólar abriu em queda de 0,25%, a R$ 1,8225.
Além da Europa, colabora para queda das cotações a formação da Ptax - taxa de câmbio oficial do Banco Central - que será usada na liquidação dos contratos de derivativos na próxima segunda-feira e os investidores vendidos devem aproveitar o ambiente internacional positivo para intensificar o recuo.
Internamente, o mercado mantém o sentimento de que o piso informal da moeda norte-americana é de R$ 1,80 e a convicção de que a equipe econômica atuará fortemente para impedir que a moeda ceda abaixo desse nível. "Já houve mostras suficientes de que a equipe econômica vai defender essa cotação e o mercado se ajusta. Foi isso que o mês de março nos mostrou", disse um operador de mercado.