A fabricação de produtos químicos cresceu 14,23% no primeiro bimestre deste ano, em relação a igual período do ano anterior, e as vendas internas subiram 14,63% na mesma base de comparação, conforme o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Segundo o RAC, os dados dos primeiros meses de 2012 em termos de produção e vendas internas são os melhores da série histórica acompanhada pela entidade.
Segundo a Abiquim, esse comportamento se deve à base deprimida de comparação. "Em fevereiro do ano anterior houve um 'apagão' de energia elétrica que atingiu o Nordeste do País e afetou significativamente a produção das empresas localizadas na região. Além disso, houve uma melhora expressiva na demanda do mercado interno nos primeiros meses do ano", diz o comunicado da entidade.
No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, os índices de produção e vendas internas tiveram uma queda, sendo que a produção recuou 0,33% e as vendas internas, 1,12%. Já as importações cresceram 18,53% no período. No primeiro bimestre do ano, o índice de preços aumentou 6,0% em relação ao ano anterior. Nos últimos 12 meses, o índice cresceu 13,02%.
A utilização da capacidade instalada ficou em 83%, nove pontos acima da registrada nos dois primeiros meses de 2011. "A Abiquim acredita que o segmento carece de medidas urgentes governamentais que possam caminhar na direção de elevar a competitividade do produto fabricado no Brasil. Uma das medidas pleiteadas pela associação é a adoção de critérios que visem devolver competitividade às indústrias que usam o gás natural como matéria-prima, conforme previsto pela lei do gás, divulgada em março de 2009", diz a nota da entidade. "Tal condição é essencial para fazer com que diversas unidades produtivas retomem a produção, bem como para destravar importantes investimentos em ampliação de capacidade produtiva nessa cadeia" acrescenta.