O governo anunciou o aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional para o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), como parte do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). A proposta, segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, é dar forte apoio ao investimento com ênfase na inovação.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esse montante irá se juntar aos R$ 100 bilhões de recursos próprios que o BNDES já tem.
Para o setor de ônibus e caminhões, com produção nacional, as taxas de juros fixas caem de 10% ao ano para 7,7% ao ano. Ainda entre as mudanças está o prazo total do financiamento que vai passar de 96 meses para até 120 meses. Os juros do Procaminhoneiro caem de 7% ao ano para 5,5%. Para os ônibus híbridos, a taxa de 5% ao ano foi mantida.
No caso dos bens de capital, a taxa de juros para grande empresa, segundo Luciano Coutinho, cai de 8,7% para 7,3% ao ano. Para a micro, pequena e média empresa, a taxa de juros cai de 6,5% para 5% ao ano. O prazo total de financiamento foi mantido em 120 meses.
As exportações também tiveram medidas de estímulo. Entre elas, a ampliação do prazo total de financiamento de 24 para 36 meses.
Foi anunciado ainda um subprograma, dentro do PSI, para projetos transformadores com valores disponíveis de R$ 8 bilhões. De acordo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, essa linha financiará novos projetos de investimentos destinados à construção de capacidade tecnológica e produtiva em setores responsáveis pela produção de bens importados que possam garantir ganhos de produtividade e qualidade. Para esses, a taxa de juros é de 5% ao ano, com prazo total de 144 meses e carência de até quatro anos.
“Nós queremos mais. Queremos mais investimentos e com qualidade. Queremos investimentos associados à inovação. E mais produtividade significa dar acesso a pequenas empresas a capacidade de comprar máquinas e melhorar os seus produtividades e permitir um salto na qualificação e na educação dos trabalhadores”, disse Coutinho.