A Espanha superará a sua crise financeira sem ajuda externa e, até mesmo, sairá fortalecida, afirmou o ministro de Economia, Luis de Guindos, em uma entrevista publicada neste sábado. Ele disse ao jornal Frankfurter Allegemeine Zeitung que este ano será difícil, com crescimento bem menor e alto desemprego, "mas estamos preparando as bases para um 2013 melhor."
A Espanha se esforça para diminuir a dívida pública para tranquilizar os mercados e mostrar que não seguirá os passos de Grécia, Irlanda e Portugal, após não ser capaz de cumprir a meta de déficit de 6% no ano passado.
Mas a tarefa é complicada pelo fato de que a Espanha está voltando para recessão, com previsões de que a economia encolherá 1,7% neste ano e a taxa de desempenho subirá para 24 3%, de acordo com estimativas do governo.
De Guindos afirmou que a prioridade é uma reforma do setor público, especialmente na educação e saúde, para reduzir as despesas depois da liberalização de comércio de serviços. O segmento financeiro verá os componentes mais fracos desaparecerem, acrescentou ele. "Nós sairemos disso ainda mais fortes, sem ajuda externa", declarou o ministro.
Enquanto isso, o primeiro-ministro de Portugal, país que foi resgatado em maio de 2011, disse não saber se o seu governo poderá retornar ao mercado de bônus em setembro de 2012, mas afirmou que a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ampliarão a ajuda, se necessário. "Isso não necessariamente significa um segundo resgate", disse Pedro Passos Coelho ao jornal alemão Die Welt. "Eu não vejo motivos para isso."