O mercado de câmbio doméstico testou o piso informal de R$ 1,820 na sessão vespertina, quando o dólar chegou a recuar à mínima de R$ 1,8180 (-0,44%) no balcão, após subir no começo do dia até R$ 1,830 (+0,22%). Mesmo assim, pela terceira sessão consecutiva, o Banco Central não fez leilão de compra de moeda à vista.
Em linha com a leve desvalorização no exterior, o dólar à vista encerrou em baixa, pelo quarto pregão seguido, mas sustentou o suporte psicológico de preço, ao fechar exatamente em R$ 1,820 (-0,33%) no balcão. Com o resultado, a divisa passa a acumular queda de 0,38% em abril e de 2,62% no ano. Na BM&F, o dólar spot terminou na mínima, a R$ 1,8190, com perda de 0,51%. O volume de negócios melhorou à tarde. Na clearing de câmbio até 16h44, o giro total somava US$ 1,981 bilhão (US$ 1,744 bilhão em D+2).
No mercado futuro, nesse mesmo horário, o dólar maio 2012 recuava 0,46%, a R$ 1,8260, com giro de apenas US$ 8,588 bilhões - 32% menor que o de quinta-feira passada. No total, os quatro vencimentos de dólar transacionados movimentaram US$ 8,855 bilhões.
O recuo do dólar ante o real refletiu ainda a leve desvalorização da moeda norte-americana no mercado internacional e a desaceleração das perdas nas bolsas em Nova York, disse um operador de tesouraria de um banco. Segundo ele, o dólar virou para o campo negativo no começo da tarde porque os dados decepcionantes sobre o mercado de trabalho dos EUA reascenderam dúvidas sobre a força da recuperação da economia norte-americana, elevando a chance de uma terceira roda de estímulos pelo Federal Reserve.