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Estado de Minas

Ex-sede de fundo de investimentos do Madoff Mineiro é arrombada


postado em 10/04/2012 09:00 / atualizado em 10/04/2012 09:19

A casa onde funcionou o escritório da fundo de investimentos Firv Financeira criado pelo empresário Thales Emanuelle Maioline, em Araçuaí (Vale do Jequitinhonha) foi arrombada, sendo levadas as janelas e uma porta. Maioline, que ficou como conhecido como “Madoff Mineiro” – numa alusão ao ex-operador da Bolsa de Wall Street Bernard Madoff, é acusado de ter causado um prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões a mais de 2 mil investidores de 14 cidades mineiras em meados de 2010. Detido em 16 de dezembro de 2010, ele está preso na Penitenciária Nelson Hungria.

O imóvel onde a Firv funcionou em Araçuaí está entre os bens de Thales Maioline e dos seus familiares que foram bloqueados pela Justiça após várias vítimas do golpe terem ajuizado ações, tentando serem ressarcidas dos prejuízos que tiveram. A casa fica localizada na esquina das ruas José Antonio Araújo e Brasília, na Vila Magnólia, próximo ao Centro de Araçauí. Foram arrancadas quatro janelas e uma porta (lateral) de madeira (estilo colonial).

O arrombamento, que teria acontecido na semana passada, até a tarde de ontem não tinha sido registrado em boletim de ocorrência pela Polícia Militar de Araçuaí. “Ainda vou verificar”, disse o tenente Gilamárcio da Silva, comamdante do destacamento da PM na cidade. Ninguém viu quem entrou no imóvel. “Deve ter sido gente que eles (Thales e seus familiares) ficaram devendo", opinou uma moradora.

A casa está fechada desde julho de 2010, quando estourou o golpe do “Madoff Mineiro”, denunciado através de reportagem do Estado de Minas. O imóvel tinha sido adquirido por Thales Maioline meses no primeiro semestre daquele ano por R$ 175 mil. Antiga proprietária é a mulher de um ex-prefeito do município.

 

Maioline e outras três pessoas foram denunciados pela prática dos crimes de estelionato, formação de quadrilha e uso de documento falso. O grupo, que atuava em 14 cidades, captava recursos de investidores sob a promessa de altos rendimentos – algo em torno a 5% ao mês, uma rentabilidade quase impossível no longo prazo. O dinheiro captado junto aos novos investidores servia para remunerar os antigos, no esquema de “pirâmide”.

A defesa do “Madoff Mineiro” entrou um pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STF). Mas, o pedido foi negado no final de março.


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