O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, cobrou hoje (10) da Receita Federal uma dívida de aproximadamente R$ 300 milhões que o Fisco tem com o setor, devido à prestação de serviços. Murilo Portugal, que esteve reunido com o Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, informou que a questão do spread bancário será tratada em um segundo encontro, às 15 horas.
“O spread bancário será discutido à tarde. Viemos falar sobre tarifas bancárias cobradas pelos bancos à Receita para fazer a arrecadação. Os bancos têm um contrato com a Receita para arrecadar os impostos e fomos convidados para discutir esse contrato”, disse Murilo Portugal. O spread é a diferença entre o custo de captação dos bancos e o que é cobrado do cliente ao tomar o empréstimo.
De acordo com o presidente da Febraban, além da dívida de R$ 300 milhões contraída no ano passado, foram discutidas mudanças na operação de arrecadação de impostos, incluindo o estabelecimento de taxas mais baratas.
O tema do spread bancário será trado, à tarde, com Dyogo Henrique de Oliveira, Secretário-Executivo Adjunto do Ministério da Fazenda. Depois do Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal anunciou, na semana passada, que irá reduzir as taxas de juros cobradas dos clientes nas operações de crédito. Assim, a Caixa também passa a reforçar a política do governo de pressionar o sistema financeiro para que reduza o spread bancário.