A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou em março. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,55% no mês passado, após mostrar alta de 0,25% em fevereiro, informou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas. Com o resultado, o índice acumula alta de 1,67% no ano e de 5,09% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em março ficou abaixo da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 0,60% em março.
A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 também foi menor que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 5,50% no período. No entanto, o mesmo não ocorreu com a taxa acumulada em 2012 do IPC-C1, que se posicionou ligeiramente acima da apurada pelo IPC-BR para o mesmo período (1,66%)
Cinco das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram aceleração em suas taxas de variação na passagem de fevereiro para março. As taxas de variação aumentaram nos grupos Alimentação (de -0,04% para 0,62%), Habitação (de 0,38% para 0 72%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 0,77%), Vestuário (de -0,04% para 0,59%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,16% para 0,75%).
O grupo Despesas Diversas repetiu a taxa registrada em fevereiro de 0,27%. A principal influência positiva foi do serviço religioso e funerário (de 0,89% para 1,65%), enquanto, a principal pressão negativa foi de alimento para animais domésticos (de 0,45% para -0,57%).
Por outro lado, o grupo Transportes desacelerou (de 0,71% para 0 13%), enquanto Comunicação teve deflação (de 0,06% para -0,34%). As principais influências partiram dos itens tarifa de ônibus urbano (de 0,78% para 0,10%) e tarifa de telefone residencial (de 0,06% para -1,07%), respectivamente.