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Estado de Minas

Candidatos denunciam irregularidades em nova prova do Senado


postado em 16/04/2012 09:29 / atualizado em 16/04/2012 09:50

Uma nova suspeita atinge o concurso do Senado Federal, um dos mais concorridos do ano. Os candidatos que realizavam na tarde de domingo o exame no Centro Universitário UDF, na 704/904 sul, relataram à polícia que receberam o envelope das provas violado. Cerca de 15 candidatos que concorriam à vaga de analista de enfermagem começaram a prova 40 minutos depois do início determinado e no fim do exame, tiveram o tempo compensado. Eles só saíram da sala, entretanto, após a presença da Polícia Federal. O caso foi registrado na 1° Delegacia de Polícia, na Asa Sul, às 22h de ontem.

Denúncias

Os 10.447 candidatos inscritos para as provas no domingo (15/4), foram convocados a refazer o exame após o problema na distribuição de cadernos ocorrido na primeira edição do concurso realizado em março. Esse foi apenas um dos problemas apontados pelos candidatos à época. As irregularidades levaram a Polícia Federal a abrir inquérito. O Ministério Público acompanha as investigações.

Prova específica mais bem preparada

Os quase 3.600 candidatos aos cargos de analista legislativo do Senado Federal, que refizeram o concurso neste domingo (15/4), começaram a deixar o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), onde o exame foi realizado, por volta das 20h.

Na saída da prova, várias pessoas comentaram que a parte específica estava melhor elaborada e a parte discursiva, com grau de dificuldade maior. O enfermeiro Rogério Costa, 31, disse ter tido mais dificuldade na parte de português e interpretação de texto da prova de hoje.

Os concurseiros que disputam uma das 17 vagas para as áreas de análise de sistemas, análise de suportes de sistemas e enfermagem não tiveram problemas com o trânsito nem na entrada nem na saída do exame. Em todo o país, mais de 10 mil se inscreveram em busca de uma vaga que tem salário inicial de R$ 18 mil.


Os primeiros exames, realizado em 11 de março, foram anulados pela FGV em razão de um problema no sistema durante a inscrição, que culminou na falta de provas para alguns candidatos. Os inscritos receberam o caderno de testes diferente do esperado. Alvo de inúmeras denúncias e reclamações, a banca orgaizadora do concurso reconheceu que o princípio da isonomia do processo seletivo fora comprometido e remarcou os testes.

Antes do cancelamento das provas, a FGV divulgou que a concorrência era de 881 inscritos para cada uma das seis vagas na especialidade de enfermagem, 547 para cada um dos sete postos de analista de sistemas e 441 para cada uma das três vagas de analista de suporte de sistemas.

AGU enfrenta fuga de procuradores, apesar das altas remunerações

Uma das carreiras mais cobiçadas e de melhor remuneração do Executivo, a área jurídica do governo federal não consegue segurar seus integrantes. Entre os 71 aprovados do disputado concurso para procurador da República do Ministério Público Federal no mês passado, 30 são da Advocacia-Geral da União (AGU). Levantamento de entidades sindicais, com base em dados do órgão, apontam que 60 dos membros — procuradores federais, advogados da União e procuradores da Fazenda Nacional — se despedem todo ano da casa em direção a outros postos no serviço público.

Há um outro número que não aparece nessas estatísticas. É referente àqueles que passam na seleção para o órgão, mas não tomam posse. Cerca de 20% dos aprovados desistem de assumir o cargo porque, até a posse, já passaram em outro concurso mais vantajoso, segundo a Associação Nacional dos Procuradores Federais (Anpaf). No decorrer dos dois anos seguintes, mais 20% deles desistem de continuar. Isso significa que, entre aprovados e os recém-nomeados, a desistência chega a 40% em dois anos. (Ana D'Angelo)


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