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Estado de Minas

Dólar deve subir alinhado com desempenho no exterior


postado em 16/04/2012 10:59

Os mercados europeus seguem sem direção única nesta manhã, após as bolsas da Ásia fecharem no vermelho, em face das preocupações com a questão fiscal na Europa e da decisão do Banco do Povo da China (PboC) de ampliar, de 0,5% para 1%, a banda de flutuação do yuan frente ao dólar. A divisa norte-americana avança em relação a diversas moedas globais. No mercado doméstico. O dólar abriu em alta de 0,16%, a R$ 1,8410.

Duas intervenções do Banco Central na sexta-feira, dia 13, com taxas de corte em R$ 1,84, no primeiro leilão, e em R$ 1,8380, no segundo leilão daquele dia, fizeram com que agentes de mercado citassem a possibilidade de um novo piso informal para a moeda no País, indo na direção de R$ 1,84, ante o piso informal estimado anteriormente em R$ 1,82 pelos participantes do mercado.

A pesquisa Focus, apurada pelo BC, mostra que o câmbio para fim de 2012 subiu de R$ 1,78 para R$ 1,80, e o câmbio para fim de 2013 segue em R$ 1,80. O câmbio médio em 2012 avançou de R$ 1,77 para R$ 1,79, e o câmbio médio em 2013 subiu de R$ 1,78 para R$ 1,79, segundo o levantamento.

No mercado internacional, o euro é afetado nesta segunda-feira, principalmente, pelas preocupações com a Espanha, cujo yield dos bônus de 10 anos superou 6% hoje pela primeira vez desde dezembro. Também, o custo do seguro da dívida do país bateu um novo recorde. Estrategistas argumentam que o humor dos investidores pode melhorar - ou piorar - com as divulgações de dados dos Estados Unidos hoje.

Vale destaque o fato de que a Moody's Investors Service adiou as revisões de ratings dos bancos europeus para o início de maio com previsão de conclusão ao final de junho. Anteriormente, a Moody?s planejava finalizar a análise nesta semana.


A decisão do PBoC de ampliar a banda de flutuação do yuan ante o dólar foi elogiada pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, como um passo importante para aumentar a flexibilidade da moeda chinesa. Para analistas internacionais o movimento já era amplamente esperado, embora o momento ainda não fosse dado como certo. Por isso, os agentes de mercado não avaliam a decisão chinesa como capaz de 'mudar o jogo' do cenário atual.

Na Colômbia, neste final de semana, a presidente Dilma Rousseff, disse que os países da América Latina precisam adotar medidas para se defenderem contra o enfraquecimento do dólar. Segundo a presidente, a política monetária altamente acomodatícia do Federal Reserve inundou os mercados emergentes, como o Brasil, com dólares, provocando desequilíbrios econômicos globais nocivos.

Nos EUA, entre os destaques da agenda do dia estão as vendas no varejo em março e o índice de atividade Empire State. Na semana por aqui, os investidores aguardam a decisão do Copom (quarta-feira).


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