O saldo de 111.746 empregos gerados em março considera um total de 1.881.127 admissões e 1.769.381 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos celetistas (regidos pela CLT - Consolidação das Leis do Trabalho) alcançou 38.282.411 postos em março, ante 38.170.665 em fevereiro, considerando a série de dados sem ajustes. É um salto de aproximadamente 0,29%.
Nesse cenário de ligeira expansão, agricultura e indústria da transformação, entretanto, apresentaram retração na oferta de emprego em março. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No mês passado, a indústria de transformação registrou 361.693 admissões e 366.741 desligamentos, o que resultou em retração de 5.048 postos de trabalho. A indústria de produtos alimentícios e bebidas, sozinha, admitiu 85.381 trabalhadores e dispensou 110.592, o que resultou em um corte de 25.211 vagas.
Também reduziram postos de trabalho no mês as indústrias de materiais de transporte (-143 vagas) e de papel, papelão e editoração (-354 vagas). Outros segmentos, contudo, tiveram saldo positivo, como o de borracha, fumo e couros (geração de 5.460 vagas), evitando retração ainda maior no conjunto da indústria de transformação. A agricultura, em março, registrou 94.138 admissões e 111.222 desligamentos, o que representou um corte de 17.084 vagas.
O setor da construção civil, por sua vez, gerou 35.935 novos postos de trabalho no mês passado, saldo de 251.018 admissões e 215.083 desligamentos. O setor de serviços gerou 83.182 postos de trabalho, resultado de 718.938 admissões e 635.756 desligamentos.
Balanço trimestral
No primeiro trimestre do ano, o Brasil gerou um saldo positivo de 442.608 empregos, saldo de 5.503.929 admissões e 5.061.321 desligamentos, conforme o balanço do Caged. A maior expansão na quantidade de empregos foi registrada na construção civil, com saldo positivo de 122.662 postos de trabalho (752.269 admissões e 629.607 desligamentos). O comércio apresentou retração de 26.732 vagas no período (1.220.997 admissões e 1.247.729 desligamentos). A agropecuária também apresentou enxugamento de 1.025 vagas (300.278 admissões e 301.303 desligamentos).
Balanço em 12 meses
Os dados do ministério indicam que nos últimos 12 meses (abril de 2011 a março de 2012) foi gerado um total de 1.761.455 postos de trabalho. O número é a diferença entre 21.717.262 admissões e 19.955.807 desligamentos, e considera valores ajustados do Caged. Em relação ao volume de vagas nesse período, os melhores desempenhos foram nos setores da construção civil, comércio e serviços. A construção civil gerou 260.190 empregos, o comércio contribuiu com 416.155 vagas e os serviços, com 878.234 empregos.
Já a indústria da transformação teve 4.013.095 admissões e 3.879.754 demissões, com saldo de 133.341 vagas nos últimos 12 meses. Dentro da indústria de transformação estão os casos de saldo negativo na geração de emprego. A indústria de borracha, fumo e couros reduziu 1.911 vagas. A indústria têxtil e de vestuário enxugou 16.719 empregos. Já a indústria de calçados cortou 11.945 vagas em 12 meses.