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Estado de Minas

FMI prevê Brasil em 7º este ano

Projeção mostra Reino Unido ultrapassando o país graças à valorização da libra, embora PIB brasileiro deva crescer mais


postado em 18/04/2012 06:00 / atualizado em 18/04/2012 07:16

Brasília - A comemorada posição do Brasil como 6ª maior economia do planeta vai durar muito pouco. No relatório World Economic Outlook, em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) faz uma análise da economia global, o país retorna ao 7º lugar, sendo ultrapassado pelo Reino Unido este ano. No ano passado, a economia brasileira alcançou US$ 2,492 trilhões e passou à frente pela primeira vez a britânica, que atingiu US$ 2,422 trilhões. Embora a projeção seja de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá mais do que o do Reino Unido, em dólares ele ficará abaixo. A razão é que o FMI aposta na depreciação do real frente à moeda norte-americana e projeta uma valorização da libra.

No ano passado, aconteceu o movimento oposto, ou seja, o real apreciou-se mais do que a libra em relação à moeda norte-americana. Pelas contas do fundo, o PIB brasileiro irá crescer 3% em 2012, somando US$ 2,449 trilhões, e o britânico, 0,8%, chegando a US$ 2,452 trilhões. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde — segundo a qual o Brasil não pode atribuir aos Estados Unidos e à Europa a responsabilidade pela valorização do real, conforme sugeriu a presidente Dilma Rousseff a Barack Obama —, ressaltou que, para atingir os objetivos de crescimento e estabilidade, o mundo precisa de “um setor financeiro mais forte e seguro, que coloque os interesses da sociedade à frente do ganho monetário”.

No relatório, o FMI faz uma crítica ao afrouxamento monetário brasileiro, afirmando que “seria prematuro relaxar as configurações da política enquanto a inflação ainda está acima da mediana da faixa da meta e com tendência de alta”. O mercado prevê que o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará hoje um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica da economia (Selic), atualmente em 9,75% ao ano.

Os riscos de um superaquecimento no Brasil diminuíram depois que políticas macroeconômicas começaram a dar frutos e o ambiente externo enfraqueceu, disse o fundo. “Entretanto, o crédito elevado e o crescimento das importações sugerem que os riscos de superaquecimento não estão completamente sob controle e podem ressurgir se os fluxos de capital retornarem aos níveis anteriores”, alertou.

O fundo apontou que o desempenho no terceiro trimestre ocorreu dentro do esperado. “O PIB de muitas economias emergentes foi de certa forma mais fraco que o esperado, mas o crescimento surpreendeu para o positivo nas economias avançadas”, disse o texto. Uma virada negativa no quarto trimestre é atribuída principalmente à Zona do Euro.

O fundo projeta que a América Latina terá expansão de 3,7% este ano e de 4,1% em 2013, uma leve revisão para cima em relação a janeiro, quando estimou um crescimento de 3,6% e 3,9%, respectivamente. Já a China crescerá acima de 8% tanto este ano quanto em 2013. O país, que constitui com Brasil, Índia, Rússia e África do Sul o Brics, teve as exportações afetadas pela crise na Europa, o maior mercado, o que levou a China a reduzir sua meta de crescimento para este ano a 7,5%.


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