Uma das bebidas mais populares de Minas Gerais e do Brasil, a cachaça tem ganhado cada vez mais mercado com a certificação concedida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O Estado já atingiu a marca de 221 aguardentes certificadas por meio do programa voltado para produtos agropecuários e agroindustriais, que é executado pelo IMA desde o ano 2009.
A certificação é voltada para produtores de cachaças artesanais, produzidas com fermento natural e destiladas em alambique de cobre e é de adesão voluntária. As cachaçarias são certificadas segundo o processo de produção utilizado, que devem atender os procedimentos de boas práticas, adequação social e responsabilidade ambiental. Com isso, esses estabelecimentos passam a ter o direito de uso do certificado, da marca de conformidade e dos selos de certificação oficiais do estado de Minas Gerais, que são adesivados nas garrafas comercializadas.
O produtor Fernando de Castro Furtado, do município São João Nepomuceno, na Zona da Mata, foi o primeiro a ser certificado no IMA, em 2009. Para ele, a certificação abriu portas e tornou o seu produto mais reconhecido no mercado mineiro e nacional. “Minha cachaça está há poucos anos no mercado e já é reconhecida pelo público devido ao selo do IMA, que atesta ao consumidor a qualidade e a procedência de meu produto. A certificação abriu portas para que eu participasse de eventos de grande porte fora do estado, aumentando minhas vendas e estando ao lado de outras marcas que são referências nacionais”, comenta.
A cachaça de Fernando de Castro Furtado tem o selo de qualidade do IMA e do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Isso é possível, já que desde o ano 2009 o IMA é acreditado por esta instituição como Organismo de Certificação de Produtos (OCP) para cachaça. Esta condição propicia maior credibilidade e notoriedade em âmbito nacional e internacional para o processo de certificação de produtos agropecuários.
Das marcas certificadas, 26 são orgânicas (produzidas sem a utilização de agrotóxico e adubos químicos), 189 são convencionais, e seis são produzidas pelo sistema SAT, sem agrotóxicos, porém com a utilização de adubos.
Segundo o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, a expectativa é que até o final de 2012, o número de estabelecimentos certificados no Estado aumente em torno de 10%. “A intenção é continuar incentivando os produtores a aderirem à certificação, pois é um instrumento que dá maior garantia de qualidade à bebida, abre portas para novos mercados e colabora para o desenvolvimento do setor produtivo da cachaça”, completa.
O interessado em participar desse processo de certificação deve procurar um dos escritórios do IMA mais próximo de sua região para receber as orientações necessárias. Ou consultar o site www.ima.mg.gov.br/certificacao para conhecer as etapas da certificação.
Com Agência Minas