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Estado de Minas

Expropriação da YPF na Argentina prejudica imagem da América Latina, diz OCDE


postado em 18/04/2012 16:59

A decisão argentina de expropriar 51% da YPF, filial argentina do grupo espanhol Repsol, impactará de maneira negativa a imagem desse país e da região, disse nesta quarta-feira José Ángel Gurría, secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "Definitivamente não é uma boa notícia para ninguém", disse Gurría à AFP em meio ao Fórum Econômico Mundial na América Latina, que acontece em Puerto Vallarta (oeste), balneário do Pacífico mexicano.

A decisão anunciada pela Argentina na segunda-feira possui um impacto negativo para os investidores quanto à imagem do país, disse o mexicano Gurría. De acordo com o secretário, uma medida como essa cria a expectativa de novas expropriações ou mesmo da intensificação de medidas protecionistas.

Gurría participou de um painel sobre a forma como o G20 pode enfrentar os dados da economia global no contexto da crise, no qual também participou José Antonio Meade, ministro de Fazenda e Crédito Público do México, que falou sobre os "riscos da retomada do protecionismo".



Segundo Meade, os governos podem cair em um desequilíbrio fiscal que os levaria a começar a proteger indústrias com maiores tarifas e em seguida às expropriações, ao invés de apostar nas reformas estruturais para impulsionar o crescimento. O governo de México, que têm 9,5% de Repsol através da estatal Petroleos Mexicanos, criticou duramente a expropriação da YPF.

Cerca de 900 empresários e funcionários de 71 países discutem em Puerto Vallarta temas relacionados com a forma como a América Latina deve enfrentar o ambiente de incerteza internacional que se vive no mundo pela desaceleração da economia europeia.

Os Estados Unidos também se pronunciaram sobre o caso YPF nesta quarta-feira e se disseram "muito preocupados" pela decisão do governo da Argentina de expropriar 51% da petroleira YPF, conforme anunciou o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner. "Francamente, quanto mais analisamos isso, mais o vemos como um acontecimento negativo", disse Toner em coletiva de imprensa. A secretária de Estado, Hillary Clinton, havia dito anteriormente que Buenos Aires teria que se justificar sobre o caso.


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