A operação padrão de agentes da Polícia Federal como forma de protesto desencadeada nesta quinta-feira, em todo o país, ainda não afeta os passageiros dos principais aeroportos. Em Confins, a fiscalização ocorreu durante toda a manhã e retorna por volta das 19h, considerado como horário de pico com um aumento nas filas, principalmente no setor de imigração.
O movimento pode complicar principalmente a vida dos passageiros que pretendem embarcar ou desembarcar de voos internacionais. Os agentes reforçam a fiscalização de quem passa pela imigração, abordando os passageiros um a um. Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais, a categoria fará assembleia na próxima semana e não está descartada a possibilidade de greve.
O protesto dos servidores da PF é contra as terceirizações em funções exclusivas da Polícia Federal e também por conta da precarização em que se encontra a questão de segurança, de acordo com o Sindpolf. Durante a operação, os policiais alertam a população para a insegurança dos aeroportos, checa documentações e bagagens de todos os passageiros que desembarcarem ou embarcarem no país.
Haverá mais rigor na checagem de documentos, como passaporte e bilhete de passagem, entrevista com o passageiro e a checagem no sistema da PF de procurados e impedidos de deixar o país, tanto na chegada quanto na saída. Até mesmo brasileiros serão interrogados na entrada.
Para o presidente da Fenapef, além da falta de condições para trabalhar, os policiais também são atingidos pela falta de reajuste salarial. “De 2002 para cá, a Polícia Federal teve o menor índice de reajuste salarial. Teve 78% [de reajuste] ao passo que outras instituições tiveram 400% [de aumento]. Somos o grupo que tem o menor salário dentro do executivo." Atualmente, o salário inicial de um agente é aproximadamente R$7,5 mil. (Com agências)