Após alternar entre perdas e ganhos nos primeiros 90 minutos de pregão, o Ibovespa deu início a uma trajetória negativa no final da manhã, sobretudo após a divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, e terminou esta quinta-feira pós-reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) com queda de 0,62%, aos 62.618 pontos. O benchmark da bolsa brasileira interrompeu uma sequência de duas altas, registrando giro financeiro foi de R$ 5,621 bilhões nesta sessão.
Embora o corte em 75 pontos-base na taxa básica de juro brasileira, que passa a ser agora de 9% ao ano, já fosse esperado por boa parte dos investidores - o que justifica um impacto menos significativo no mercado nesta sessão -, o comitê abriu espaço para a possibilidade de uma nova redução na Selic na próxima reunião. Segundo analistas, a estimativa é de que um corte em 50 pontos-base na próxima reunião em maio, o que colocaria a Selic na mínima histórica de 8,50% ao ano, embora essa opinião não seja unânime entre eles.
Na Europa, a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse que as autoridades espanholas estão trabalhando para resolver as dificuldades do setor bancário do país e que a Zona do Euro dispõe de recursos para ajuda, se necessária. No entanto, o clima negativo também prevaleceu por lá, com o rendimento dos títulos espanhóis de dez anos terem avançado no mercado secundário e a confiança do consumidor da Zona do Euro ter recuado em abril após três meses de ganhos.
O dólar comercial manteve-se no campo positivo durante todo intraday desta quinta-feira (19), fechando com modesta valorização de 0,10% e cotado a R$ 1,8815 na venda. Desta forma, a divisa norte-americana chega a sua quinta alta consecutiva e renovou seu maior patamar desde 25 de novembro do ano passado, quando fechou cotado a R$ 1,8864.
O mercado digereu o resultado da reunião do Copom com a continuidade dos cortes da taxa básica de juro. Embora o corte em 75 pontos-base na Selic, que passa a ser agora de 9,75% ao ano, já fosse esperado por boa parte dos investidores - o que justifica um impacto menos significativo no mercado nesta sessão -, o comitê abriu espaço para a possibilidade de uma nova redução na próxima reunião, que será realizada em maio.