As Bolsas da Ásia encerraram em baixa em sua maioria, com os decepcionantes dados dos EUA sobre mercado de trabalho, atividade industrial e de vendas de imóveis trazendo preocupações quanto à saúde do país e deprimindo a demanda.
A Bolsa de Hong Kong terminou estável, uma vez que as expectativas de afrouxamento monetário por parte de Pequim foram encobertas pelas preocupações com o crescimento global após desapontadores dados econômicos dos EUA. O índice Hang Seng subiu 0,07% e fechou aos 21.010,64 pontos.
As Bolsas da China tiveram alta acentuada, na maior pontuação em um mês. O rali foi estimulado pelas expectativas de flexibilização da economia, após um influente economista do governo afirmar que o PIB deverá se recuperar no terceiro trimestre, e que há espaço para ajustes na política macroeconômica. O índice Xangai Composto subiu 1,2% e terminou aos 2.406,86 pontos, o maior patamar desde 19 de março - na semana, o índice acumulou alta de 2%. O índice Shenzhen Composto ganhou 0,8% e terminou aos 961,77 pontos.
O yuan caiu ante o dólar depois de o banco central conduzir a moeda para baixa via taxa de referência diária em meio à desvalorização de outras divisas da Ásia. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,3085 yuans, de 6,3039 yuans ontem. A moeda chinesa teve queda de 0,2% ante a americana desde o início do ano. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,3042 yuans, de 6,3004 yuans na véspera.
Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em seu patamar mais baixo desde 30 de janeiro com o mergulho das ações das fornecedoras de componentes para o iPhone da Apple, preocupadas sobre um possível atraso na nova geração do smartphone devido à escassez de chips da Qualcomm. Além disso, a retomada do imposto sobre o capital está pesando no mercado. O índice Taiwan Weighted caiu 1,52% e encerrou aos 7.507,15 pontos.
Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em queda com o forte movimento de vendas por estrangeiros e instituições locais, tendo em vista os dados desapontadores da economia dos EUA, que renovaram as preocupações sobre as perspectivas de crescimento global. O índice Kospi recuou 1,26% e terminou aos 1.974,65 pontos.
Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou praticamente estável, com negociações mistas antes do fim de semana. O índice S&P/ASX 200 subiu 0,09% e encerrou aos 4.366,50 pontos.
A Bolsa de Manila, nas Filipinas, também sofreu com os decepcionantes números da economia americana, embora a listagem da GT Capital Holdings, a maior IPO desde outubro de 2010, tenha oferecido algum suporte. O índice PSE caiu 0,3% e terminou aos 5.156,46 pontos, com pesado volume de negociações - na semana, contudo, o índice teve alta de 1,2%.
A Bolsa de Cingapura terminou em baixa, seguindo os recuos em alguns mercados da região, depois de fracos dados do mercado de trabalho dos EUA incitarem dúvidas sobre a recuperação da maior economia do mundo. O índice Straits Times recuou 0,5% e fechou aos 2.994,48 pontos. Na semana, subiu 0,2%.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 0,4% e fechou aos 4.181,36 pontos, com compras tardias de papeis de bancos e de fabricantes de produtos de consumo por parte de fundos estrangeiros na expectativa de divulgação de fortes resultados trimestrais.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, teve alta de 0,8% e fechou aos 1.194,60 pontos, com destaque para os papéis de energia e produtos de consumo domésticos, devido a expectativas de fortes lucros no primeiro trimestre.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, caiu 0,3% e fechou aos 1.591,85 pontos, na esteira de outras bolsas asiáticas em meio a persistentes preocupações sobre o crescimento global.