Um novo caso da doença conhecida como "vaca louca" nos EUA não deve afetar a decisão do Japão sobre a possibilidade de aliviar as restrições à importação de bovinos dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira o secretário chefe de gabinete, Osamu Fujimura, entrevistado pela agência Kyodo.
Fujimura, o principal porta-voz do governo, afirmou que o Japão acredita que não haja necessidade de tomar novas medidas contra a importação de carne dos EUA, uma vez que a vaca infectada com encefalopatia espongiforme bovina, na Califórnia, tinha mais de 30 meses.
O Japão tem considerado relaxar as restrições que atualmente só permitem a importação de bovinos do EUA com até 20 meses de vida para até 30 meses. O Departamento de Agricultura dos EUA confirmou o quarto caso da doença de vaca louca nesta terça-feira, o primeiro desde 2006.
Tóquio proibiu as importações de carne dos Estados Unidos e Canadá em 2003, após a confirmação da doença. Entretanto, o governo japonês retirou a proibição em dezembro de 2005, mas impôs condições que incluem o limite para importação de bovinos com até 20 meses de vida.
Após este caso de vaca louca na Califórnia, dois grandes varejistas sul-coreanos suspenderam nesta quarta-feira as vendas de carnes dos EUA. Lotte Mart disse que as vendas tinham sido interrompidas em suas 95 lojas devido às "preocupações dos consumidores." A Home Plus, unidade local da Tesco do Reino Unido, tomou medidas semelhantes.
De acordo com um pacto bilateral, Seul só importa bovinos dos EUA com idade inferior a 30 meses.
A Coreia do Sul importou 107 mil toneladas de carne bovina dos EUA no ano passado, 37% do total das importações da carne, de acordo com o Ministério da Agricultura do país asiático.