O Brasil tem condições de aproveitar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, para mostrar ao mundo que é possível conciliar crescimento econômico e sustentabilidade. A opinião é do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, que vê o país como um exemplo na geração de tecnologias de baixo impacto ambiental.
“O Brasil tem todo um conhecimento técnico baseado em ciência e que pode nortear toda essa revolução que a gente precisa”, disse. “Mostrar para o mundo que é possível um país com toda essa pujança se desenvolver [de forma sustentável]”, completou o dirigente, no evento que comemorou os 39 anos da Embrapa.
A participação da Embrapa na Rio+20 é coordenada por Maurício Lopes, diretor-executivo da empresa, que destaca o valor da revolução alimentar alcançada pelo Brasil. “Nos anos 60, não éramos um país muito seguro do ponto de vista alimentar. Hoje, o Brasil se projeta como um grande produtor. E é isso que temos de mostrar: a capacidade brasileira de que é possível sair da situação de dependência para a posição de independência.”
No evento que comemorou o aniversário de criação da empresa, a Embrapa divulgou seu balanço social. Conforme o documento, para cada real aplicado pelo governo federal na Embrapa, em 2011, foram gerados R$ 8,62 para a sociedade. Esse retorno é calculado com base nos benefícios recebidos pelo produtor, além da geração de emprego e renda.
Por amostragem, a Embrapa atestou ainda que, em 114 tecnologias e 163 cultivares desenvolvidas, foram gerados 75 mil novos empregos em 2011. De acordo com o presidente da Embrapa, o objetivo da empresa é, cada vez mais, fazer parcerias com a iniciativa privada, para aumentar essa performance. “O nosso futuro é ser um ativo tecnológico”, disse Pedro Arraes.