Temores persistentes com a zona do euro e uma temporada de balanços bem mista em curso colocam as bolsas na defensiva para a abertura do pregão desta quinta-feira em Wall Street. O dado de auxílio-desemprego, que veio pior que o esperado, serviu para empurrar para baixo as bolsas, que abriram em queda. Mas, às 10h49, Dow Jones e Nasdaq subiam 0,14% e 0,18%, respectivamente.
O número de pedidos de auxílio-desemprego caiu 1 mil, para 388 mil, na semana passada, contrariando expectativa de analistas de queda de 10 mil solicitações, para 376 mil. O número de solicitações da semana anterior, no entanto, foi revisado em alta para 389 mil, de 386 mil anteriormente, marcando a terceira semana seguida de pedidos acima de 385 mil, algo que não se via desde novembro de 2011.
Mas a força da recuperação do mercado de trabalho e da economia americana como um todo ainda é algo incerto e o Federal Reserve estará atento aos próximos dados de criação de emprego e taxa de desemprego no país nos próximos meses antes de sinalizar qualquer mudança de rumo ou mais estímulos.
No comunicado da reunião de política monetária e na coletiva de Ben Bernanke ontem, o Federal Reserve não sinalizou que deve adotar mais um programa de compras de ativos após a Operação Twist, que termina em junho. Mas deixou claro que os riscos à recuperação dos EUA ainda existem e que estará pronto para agir se necessário. Por enquanto, a política de juro zero segue com seu reinado de mais de três anos e que pode durar até pelo menos o final de 2014, embora isso não esteja sendo visto pelo mercado como uma promessa.
Na Europa, a confiança na economia da zona do euro nos 17 países do bloco moeda caiu fortemente para 92,8 em abril, menor nível em um ano, de 94,5 em março, refletindo o enfraquecimento econômico da região. Por volta das 10h15 (de Brasília), o euro caía a US$ 1,3210, de US$ 1,3228 no fim da tarde de ontem. Mais cedo, o índice do dólar cedia 0,01%, a 79,002.