O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (26) que a parceria entre os capitais público e o privado é uma opção para melhorar a eficiência e aumentar a capacidade das refinarias de petróleo no Brasil – que, segundo ele, não são suficientes para suprir a demanda. Para Lobão, uma associação entre a Petrobras e o grupo EBX, do empresário Eike Batista, é perfeitamente possível.
“A Petrobras está construindo várias refinarias, algumas de grande porte e custo elevado, e acatamos parcerias com empresas privadas, quaisquer que sejam suas origens, mas que terão que se subordinar à legislação brasileira. Eike Batista, o maior empresário brasileiro e um dos maiores do mundo, poderá, sim, associar-se a Petrobras em alguns empreendimentos”, acrescentou o ministro.
Sobre a crise da concessionária Celpa, distribuidora de energia no Pará que entrou em recuperação judicial [medida legal para evitar falência], Edison Lobão explicou que o governo, sócio da empresa, está prestando ajuda e que, dentro da lei, pode ajudar ainda mais para evitar que falte energia elétrica no estado. Segundo ele, o governo não pensa em assumir o controle da Celpa.
O ministro participou nesta quinta-feira do lançamento do programa educacional Energia que Transforma, parceria entre o ministério, por meio das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras), e a Fundação Roberto Marinho.
Em seu discurso, Lobão defendeu usinas hidrelétricas como fonte de energia limpa e criticou quem combate a construção da Usina de Belo Monte, no Pará.
“Não há energia melhor no mundo. Nenhum índio será removido do local onde mora ou molestado pela usina [Belo Monte]. Essa é uma desinformação que ultrapassa nossas fronteiras e invade o mundo deliberadamente”, disse o ministro.
Nesta tarde, Lobão visitará, acompanhado da presidenta Dilma Rousseff, o Porto do Açu, na região noroeste fluminense. O empreendimento em construção é de Eike Batista e está previsto para ser o terceiro maior porto do mundo.