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Estado de Minas

Espanha admite viver um momento 'duro' e pensa em sair da recessão em 2013


postado em 27/04/2012 12:43

A economia espanhola, castigada na quinta-feira com uma redução de nota da Standard and Poor's, vive "talvez um de seus momentos mais difíceis", admitiu nesta sexta-feira a vice-presidente e porta-voz do governo Soraya Sáenz de Santamaria.

"Estamos conscientes de que o momento é difícil, mas se todos juntos fizermos esforços, vamos sair desta crise", acrescentou.

O governo espanhol anunciou nesta sexta-feira suas previsões econômicas para os próximos anos. A previsão é de um ligeiro crescimento econômico do PIB, de 0,2%, para 2013 e espera equilibrar as contas em 2016, anunciou o ministro da Economia, Luis de Guindos, ao término do conselho de ministros.

O país voltou a entrar em recessão no primeiro trimestre deste ano e o governo prevê que o PIB se contraia em 1,7% no conjunto de 2012.

Para os anos seguintes, a Espanha projeta alta do PIB de 1,4% para 2014 e de 1,8% para 2015.

Paralelamente, o país, que prometeu reduzir seu déficit público de 8,51% do PIB em 2011 a 5,3% em 2012 e 3% em 2013, prevê alta de 2,2% para 2014 e de 1,1% para 2015, antes de alcançar o equilíbrio orçamentário em 2016.

A Espanha registrava ao fim do primeiro trimestre do ano um índice de desemprego de 24,44% da população ativa, mais de 5,6 milhões de pessoas, a maior taxa desde o início da publicação da série estatística em 1996.

Os jovens com idades entre 16 e 24 anos são os mais afetados, com uma taxa de desemprego de 52,01%, ainda pior que os 48,6% registrados no trimestre anterior.


No primeiro trimestre de 2012, quando a Espanha retornou à recessão, o número de pessoas sem emprego alcançou 5.639.500, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

No último trimestre de 2011, a taxa de desemprego ficou em 22,85%.

O INE também divulgou nesta sexta-feira uma alta da inflação em abril, a 2% em ritmo anual, segundo dados ainda provisórios.

A inflação, que atingiu o valor máximo em abril de 2011 com 3,5%, havia iniciado um movimento de desaceleração desde então e chegou a 1,8% em março.

Além disso, a taxa de juros dos títulos a 10 anos da Espanha se aproximava nesta sexta-feira de 6%, um dia depois do rebaixamento da nota da dívida espanhola pela agência Standard and Poor's. A SP's reduziu a nota da dívida soberana da Espanha na quinta-feira em dois níveis, para BBB+, em perspectiva negativa, citando o risco de que o governo precise aumentar sua dívida para apoiar bancos.

"Acreditamos que a trajetória fiscal do Reino da Espanha provavelmente se deteriorará diante de um contexto de contração econômica em contraste com nossas projeções prévias. Ao mesmo tempo, vemos uma probabilidade crescente de que o governo da Espanha precise prover apoio fiscal ao setor bancário", afirmou a S&P. A Espanha fica assim em uma categoria de emissões de qualidade média, mas que pode fazer frente a suas obrigações de forma adequada.


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