O Equador pagará à Petrobras 217 milhões de dólares por investimentos realizados pela companhia em dois projetos suspensos no final de 2010, informou nesta segunda-feira o ministro de Recursos Não Renováveis, Wilson Pástor.
O pagamento será realizado ao longo dos próximos dois anos, e implica na desistência da Petrobras em levar a questão à arbitragem internacional, disse Pástor à imprensa, acrescentando que o acordo será firmado nas próximas semanas.
"Chegamos a um acordo com a Petrobras sobre o valor e o modo de pagamento", destacou Pástor. "Estamos falando do total de 217 milhões de dólares pagos em duas quotas anuais". A indenização cobrirá os investimentos da Petrobras no Bloco 18 e no Campo Unificado Palo Azul até dezembro de 2010, quando a empresa deixou o Equador.
Em novembro de 2010, o Equador suspendeu cinco convênios para exploração de petróleo, incluindo dois com a Petrobras, ao tempo que fechou outros oito contratos, inclusive com a estatal chilena ENAP e com a então hispano-argentina Repsol-YPF.
Pelos novos contratos, de prestação de serviços, Quito garantiu 100% do controle da produção e uma renda média de 80%, contra os 18% que recebia no modelo anterior.