Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta quarta-feira, sob influência dos indicadores fracos anunciados pelos países da zona do euro. No entanto, as quedas são limitadas pelos dados bons divulgados pelos Estados Unidos e pela China, que são os maiores consumidores de petróleo do mundo.
O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro da zona do euro caiu em abril para o menor nível em quase três anos, enquanto a taxa de desemprego atingiu uma máxima recorde. As preocupações com a zona do euro têm pressionado os preços do petróleo recentemente porque uma desaceleração econômica forte pode reduzir significativamente a demanda pela commodity.
Por outro lado, os EUA anunciaram ontem que o índice de atividade industrial nacional medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM) subiu para 54,8 em abril, acima da previsão dos economistas de 52,9. Já na China o PMI medido pelo HSBC final de abril aumentou para 49,3, acima da leitura prévia de 49,1, e o PMI oficial avançou para 53,3 em abril, embora tenha ficado abaixo das previsões de 53,5.
Os dados dos EUA e da China "ampliam as expectativas de que a demanda por petróleo aumentará nos dois maiores mercados consumidores do mundo", comentaram analistas do Commerzbank.
Agora os participantes dos mercados aguardam os números sobre os estoques semanais de petróleo nos EUA, que devem sair às 11h30 (de Brasília). Analistas consultados pela Dow Jones preveem alta de 2,1 milhões de barris de petróleo bruto na semana encerrada em 27 de abril. "Os estoques podem ter subido para o maior nível em mais de 20 anos, o que pode ampliar a queda dos preços", disseram os analistas do Commerzbank.
Às 9h05 (pelo horário de Brasília), o WTI para junho caía 0,32% na Nymex, para US$ 105,82 por barril, e o brent para junho recuava 0,33% na ICE, para US$ 119,27 por barril.