A presidente Dilma Rousseff deve anunciar na tarde desta quinta-feira alteração nas regras de remuneração da caderneta de poupança. Dilma tem uma série de reuniões agendadas para hoje. Às 14 horas, reúne-se com o Conselho Político e, na sequência, com sindicalistas e empresários.
A proposta com mais chance de avançar, conforme antecipado pela Agência Estado, na semana passada, é atrelar o rendimento da poupança à taxa Selic. A ideia é que a taxa fixa de remuneração adotada atualmente desapareça e o retorno da poupança passaria a ser calculado por um porcentual da Selic, com o ganho limitado a no máximo 80% da taxa básica. Hoje, o rendimento da caderneta é definido em lei por um juro fixo de 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR).
A regra atual de remuneração da poupança é considerada um entrave à redução adicional da taxa básica de juros, cortada em 0,75 ponto porcentual para 9,0% em abril. Nos moldes atuais, a continuidade da queda da Selic provocaria diminuição da demanda dos investidores por títulos públicos em face da atratividade da poupança.