O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira, ao anunciar as mudanças na caderneta de poupança, que os fundos de investimentos terão que reduzir as taxas de administração cobradas dos clientes e que reduzem a remuneração da aplicação. Segundo ele, os fundos estão cobrando taxas elevadas, de 2% a 4% ao ano.
"Com este movimento de redução da rentabilidade dos fundos e a mudança na poupança, as instituições financeiras terão que mudar as taxas para tornar os fundos competitivos", disse. Mantega afirmou que a alteração na poupança não tem relação direta com o mercado de capitais, que, segundo ele, é o melhor mecanismo para captação das empresas. "Elas estão captando barato", disse.
Ele assegurou ainda que não haverá mudanças nas regras de direcionamento dos recursos da poupança. A área habitacional continuará a receber o porcentual de 65% de aplicação desses depósitos, mesmo dos novos. "Não muda qualquer outra regra. Todas as demais regras continuam iguais." Mantega disse ainda que é desejável que os recursos para esse segmento continuem aumentando, porque é o setor que tem mais crescimento de crédito.