Nomeado gerente-geral da petrolífera YPF, expropriada recentemente pelo governo da Argentina, o engenheiro da área petroquímica Miguel Galuccio, de 44 anos, disse que se sente “muito orgulhoso” por ter sido escolhido para comandar a nova etapa da empresa. "Tenho certeza de que poderemos ter uma empresa moderna, competitiva e profissional", disse.
Galuccio contou que ao começar sua carreira, há 20 anos, o primeiro emprego que teve foi na YPF, que na época era pública. Depois, foi para o exterior, onde permaneceu nos últimos anos. Em seu discurso, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, disse que Galuccio é uma espécie de “símbolo” de profissionais competentes e modernos na área de petróleo no país.
O novo gerente-geral da YPF é formado pelo Instituto Tecnológico de Buenos Aires (ITBA), um dos mais respeitados da Argentina, e assume a nova função a partir de amanhã (7). A primeira ação dele deverá ser nomear a nova equipe de diretores da empresa.
Com mais de duas décadas de experiência, Galuccio trabalhou em multinacionais norte-americanas, asiáticas, russas e chinesas. De acordo com analistas da área, o gerente-geral se caracteriza pela visão estratégica e a experiência internacional.
A expropriação da YPF, administrada pela espanhola Repsol, gerou reações negativas e positivas na Argentina e no mundo. Em geral, os argentinos apoiaram a medida, acreditando que é a alternativa para valorizar a soberania nacional no setor de petróleo e gás. Mas os europeus e norte-americanos condenaram a ação, alegando que ela desrespeita as regras internacionais de comércio.