Autoridades da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiram que a Grécia deve cumprir o programa de austeridade, que inclui a adoção de novas medidas em junho, sinalizando haver pouco espaço para o governo renegociar os termos do pacote de resgate concedido ao país.
"O programa é o único caminho à frente para a Grécia", disse uma autoridade da União Europeia à Dow Jones, acrescentando que qualquer renegociação das rígidas metas seria muito limitada. A primeira tarefa do novo governo será detalhar parte dos 11,5 bilhões de euros em novos cortes de gastos públicos que a Grécia tem de adotar para fechar o déficit orçamentário em 2013 e 2014. Uma delegação da União Europeia, do FMI e do Banco Central Europeu (BCE) deve chegar a Atenas nas próximas semanas para trabalhar nos detalhes de tais medidas.
O FMI disse, no entanto, que a visita não ocorrerá enquanto um novo governo não for formado e estiver pronto para negociar. Uma autoridade do FMI disse que os representantes do fundo "somente voltarão à Grécia se um novo governo estiver pronto para finalizar o novo corte de gastos que já foi acordado".
A fonte do FMI afirmou ainda que embora os credores do setor oficial estejam preparados para esperar pela formação do novo governo, não se deve aguardar por mudanças no que foi acertado pelo governo anterior. "Se não houver acordo sobre os novos cortes de gastos, os pagamentos para a Grécia serão assegurados até que haja um entendimento satisfatório", disse.
Ele acrescentou que o FMI está aberto para estender as metas de corte de déficit da Grécia em um ano para minimizar o peso do ajuste, mas disse que o governo de coalizão atual havia rejeitado a ideia.