As principais agências da Caixa na Região Metropolitana de Belo Horizonte abrirão as portas neste sábado para um mutirão de atendimento às pessoas interessadas em transferir contas para a instituição, refinanciar crédito bancário e negociar a compra da casa própria, usufruindo das taxas de juros menores anunciadas pela instituição. A Caixa divulga nos próximos dias a relação dos pontos de atendimento que estenderão a jornada ao sábado, das 10h às 16h. O fluxo de visitantes no feirão de imóveis do fim de semana mostrou que a população só agora começou a perceber as vantagens da redução dos encargos do crédito imobiliário, segundo o diretor regional da Construtora Tenda, Vinícius Diniz.
“Em qualquer segmento de empréstimos, uma queda dos juros serve como grande alavanca”, afirma Diniz. Para o metalúrgico Leonardo de Lima, de 35 anos, e a mulher, Andreza Lima, auxiliar de produção industrial, de 29, o anúncio da redução das taxas criou alma nova numa busca, que completa dois anos, pela realização do sonho da casa própria. Com o filho Diego, de 9 anos, o casal passou a tarde de ontem pesquisando as possibilidades de financiar a compra de uma casa de dois quartos na Grande BH, avaliada em torno de R$ 100 mil.
O primeiro passo foi procurar os técnicos da Caixa para fazer uma análise de crédito, ante uma renda familiar de R$ 2.800. “Pode ser a nossa chance. As condições agora são melhores e há imóveis de preços muito variados”, disse Leonardo Lima, em referência aos juros menores do crédito imobiliário. A mesma sensação de que a oportunidade está próxima levou ao feirão o analista de contratos Carlos Ramon Matos, de 32, e o técnico farmacêutico Moisés Pereira, de 33.
Já decididos a comprar um apartamento de dois quartos no Barreiro, Carlos e Moisés reservaram imóvel que ainda aguarda o lançamento pela construtora. Uma grande vantagem será o pagamento de entrada mais de duas vezes e meia superior ao exigido, o que ajuda a aliviar o plano de quitação. “Assim que a redução dos juros foi anunciada, percebi que este é o momento. Antes, os encargos aumentavam muito o custo do financiamento”, afirma Carlos Matos. A prestação mensal de R$ 700 será inferior ao valor despendido com o aluguel mensal. (MV)