O mercado brasileiro de veículos sentiu no mês de abril um recuo nas vendas e na produção. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas totais de veículos no mercado interno atingiram 257.885 unidades no mês passado, uma queda de 14,2% ante março e um recuo de 10,8% em relação a abril de 2011.
Desse total, as vendas de veículos leves foram de 244.574 unidades, baixa de 13,8% ante março e queda de 10,4% em relação a abril de 2011. As vendas de caminhões diminuíram 18,8% ante março e caíram 17,8% em relação a abril do ano passado, para 11.113 unidades. Por fim, o volume de ônibus vendidos do mês passado foi de 2.198 unidades, queda de 29,1% ante março e recuo de 20,5% em relação a igual intervalo do ano passado.
Nos quatro primeiros meses do ano, 1.076.249 veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) foram vendidos, uma queda de 3,4% sobre o igual período do ano passado.
Ainda no acumulado do ano, a produção somou 998.931 unidades, uma queda de 10,1% na comparação com os veículos produzidos em igual período de 2011.
Apenas em abril, a produção total de veículos no mercado brasileiro somou 260,8 mil unidades em abril, recuo de 15,5% ante março e queda de 7,5% na comparação com igual mês de 2011.
Considerando apenas a produção de automóveis e comerciais leves, a produção chegou a 246.643 unidades, queda de 14,9% ante o mês de março e recuo de 6,3% em relação a abril do ano passado. Já a produção de caminhões foi de 11.586 unidades, queda de 27,2%% ante março e recuo 23,4% na comparação com abril de 2011. No mês passado, foram produzidas ainda 2.596 unidades de ônibus, queda de 10,6% ante março e declínio 25,5% na comparação com abril 2011.
Segundo dados da Anfavea, as vendas internas de máquinas agrícolas no atacado somaram 5.458 unidades em abril, um crescimento de 3,1% ante março e uma queda de 5,0% ante o mesmo mês do ano passado.
A produção de máquinas agrícolas caiu 10% em abril ante março e atingiu 7.095 unidades. O dado representa um aumento de 3,2% sobre abril de 2011. No acumulado do ano, foram produzidas 28.631 máquinas agrícolas, número 7,7% maior que o de igual intervalo de 2011.
As exportações de máquinas agrícolas, em valores, totalizaram US$ 262,6 milhões em abril, queda de 9,7% em relação a março e aumento de 4,4% quando comparadas a abril de 2011.
Em valores, exportações também recuam
Segundo a Anfavea, as exportações em valores somaram US$ 1,379 bilhão em abril, uma queda de 4,3% em relação a março e um crescimento de 5,7% na comparação com abril de 2011. Os valores consideram as exportações de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) e máquinas agrícolas.
O mês de abril encerrou com exportações de 48.692 veículos, um avanço de 15,3% ante março e um declínio de 0,5% sobre abril do ano passado.
Nos quatro primeiros meses do ano, as vendas externas somaram US$ 5,242 bilhões, uma alta de 13,9% sobre igual período de 2011. Neste intervalo, foram exportadas 160.453 unidades, o que significou um recuo de 4,9% ante o mesmo período de 2011.
Flex
As vendas de automóveis e veículos comerciais leves modelo bicombustível (flex) somaram 209.597 unidades em abril e representaram 85,7% do total comercializado na categoria no País. O resultado indica um recuo em relação ao desempenho de março, quando a fatia era de 85,9%, com 243.874 unidades. Em abril de 2011, a participação das vendas do veículos flex foi de 83,3%.
Emprego fica estável
O setor automotivo encerrou o mês de abril com 145.063 empregados, o que representa uma estabilidade em relação a março segundo divulgou Anfavea. Na comparação com abril de 2011, houve alta 2,9% no contingente de empregados, considerando autoveículos e máquinas agrícolas.
O segmento de máquinas agrícolas teve alta de 0,2% no número de empregados na comparação com março e registrou 19.822 funcionários. Na comparação com abril de 2011, a alta foi de 5 9%.
A área de autoveículos também registrou estabilidade no contingente de empregados, com 125.241 funcionários em relação a março. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 2,5%.