Os trabalhadores da General Motors de Gravataí paralisaram parcialmente suas atividades nesta segunda-feira para pressionar a empresa a aumentar a oferta de reajuste para a categoria. Segundo fontes do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade gaúcha, a adesão do turno da manhã foi maior, enquanto a do turno da tarde foi esvaziada pela informação de que a montadora pediu uma audiência de conciliação ao Tribunal Regional do Trabalho para a terça-feira.
A montadora não comentou a negociação, mas seus assessores informaram que a greve não prejudicou a produção de automóveis. O sindicato reivindica reajuste salarial de 10% e Plano de Participação de Resultados de R$ 9 mil em caso de êxito no alcance das metas anuais, enquanto a empresa estaria oferecendo 7% e R$ 6,8 mil.
Também há impasse na discussão do piso a ser pago pela montadora em Gravataí. A proposta da GM seria de R$ 950 enquanto os trabalhadores querem R$ 1.150. O sindicato admite que a os benefícios sociais já foram acordados com a empresa e que a discussão limita-se às questões econômicas. A data-base da categoria é 1º de abril.
O diretor de assuntos jurídicos do sindicato, Edson Dorneles, disse que os funcionários voltarão ao trabalho na terça-feira para esperar o resultado da audiência, marcada para as 14 horas. "Foi uma greve de advertência, de 24 horas, para forçar uma saída rápida para o impasse", comentou.