A Grécia corre o risco de ficar fora da Eurozona se ignorar os acordos estabelecidos com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber ajuda financeira em troca do saneamento de suas contas públicas, advertiu um conselheiro econômico do atual governo.
"Se dissermos não a tudo, saímos da Eurozona", advertiu Ghikas Harduvelis, conselheiro durante sete meses do governo de Lucas Papademos, integrado pelos partidos Nova Democracia (centro-direita) e Pasok (socialista).
Nas eleições legislativas de domingo, os dois partidos ficaram a duas cadeiras da maioria no Parlamento.
Harduvelis comentou assim a ação do partido de esquerda radical Syriza, o segundo mais votado nas legislativas, que critica o memorando pelo qual a Grécua se compromete a aplicar uma dura receita de austeridade em troca da ajuda da UE e do FMI.
O líder do Syriza, Alexis Tsipras, tenta atualmente formar um governo. Na terça-feira ele descartou a formação de uma coalizão que mantenha o apoio ao programa de austeridade.