A taxa de inadimplência agregada, que hoje está em 7,4%, deverá recuar entre 1 e 2 pontos porcentuais até o final deste ano, segundo o diretor executivo de Administração e Finanças do Banco Sicredi, Fernando Marchet. Ele fez a projeção durante palestra no V Congresso Consumidor Moderno de Crédito, Cobrança e Meios de Pagamento, realizado na Fecomercio-SP, nesta quarta-feira
Marchet condicionou a projeção à manutenção da inflação no patamar atual e também à continuidade do aumento da renda dos brasileiros. Segundo ele, o maior risco para o aumento da inadimplência é o comprometimento da renda. Nos últimos dois anos, a renda cresceu aproximadamente 2 pontos porcentuais. "Se não mudar a preocupação com a inflação e a renda não parar de subir, a inadimplência tende a se reduzir naturalmente", prevê o diretor do Sicredi.
Para o executivo, o aumento recente da inadimplência se deve às medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para conter a demanda doméstica. Hoje, de acordo com ele, o comprometimento da renda do brasileiro com pagamento de juros está em 8%. Marchet participou nesta quarta-feira do debate "Os limites do endividamento do consumidor brasileiro. Como evitar o aumento da inadimplência". Ele também atribui a alta da inadimplência à desaceleração da taxa de crescimento econômico no terceiro e no quarto trimestres de 2011.