O crescimento de pouco mais de 16% no crédito para 2012 projetado Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é um porcentual "substancial e significativo", de acordo com Wilson Roberto Levorato, vice-presidente executivo da Federação.
Levorato não quis se pronunciar sobre a polêmica criada após divulgação do documento da Febraban que continha essa projeção, de 16,2%, número inferior aos 16,6% projetados em março, e afirmações de que juros baixos não resultarão em mais crédito.
Nesta quarta-feira, durante seminário sobre inclusão bancária, Levorato destacou a solidez do sistema bancário brasileiro em relação ao de outros países. "O Brasil era o país do futebol. Hoje, é o país dos bancos de primeira linha. Temos um sistema financeiro do qual temos de ter orgulho", disse. "Não fomos afetados pela crise do subprime e por tudo de ruim que acontece lá fora."
O executivo disse ainda que os bancos têm investido em tecnologia para crescer e trabalhado para melhorar o atendimento à população e o controle do superendividamento. Em relação a esse ponto, afirmou que a inadimplência deve parar de subir. "A expectativa é de estabilização. Houve um crescimento, a gente espera que baixe, porque não há nenhum sinal hoje de que a inadimplência vai continuar crescendo. Ela tem tendências para baixar", disse. Sobre o aumento do provisionamento dos bancos, disse que isso se deu em cima de um balanço de 31 de março e que "cada banco analisa sua situação".