O Itaú Unibanco divulgou relatório nesta quinta-feira revisando seu cenário macroeconômico de curto prazo e já projeta a Selic em 7,75% ao ano no final de 2012. Segundo a equipe de economistas do banco, chefiada pelo economista Ilan Goldfajn, os dados mais recentes apontam para uma recuperação econômica mais moderada neste ano, a despeito da renda do trabalhador e dos gastos públicos estarem subindo e o câmbio estar mais depreciado.
Esse cenário de expansão moderada aliado à mudança na regra do rendimento da caderneta de poupança, de acordo com o Itaú Unibanco, dará ao Banco Central condições de reduzir a taxa básica de juros abaixo do nível esperado anteriormente, que era 8,5% ao ano. A previsão atual contempla dois cortes de 0,5 ponto porcentual que o Comitê de Política Monetária (Copom) faria em maio e julho e outro corte de 0,25 ponto porcentual na reunião do colegiado em agosto. "Tendo em vista a visão do BC sobre inflação e atividade, acreditamos que a Selic será reduzida para 7,75% , indo além dos 8,5% que projetávamos anteriormente", escrevem os economistas no relatório.
O banco informa ainda que reduziu a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 3,5% para 3,1%, mas manteve a expansão prevista de 5,1% para o ano que vem. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira, os economistas do Itaú Unibanco elevaram a projeção para este ano de 5,1% para 5,2% e, para 2013, de 5,6% para 5,7%.
No que se refere ao câmbio, o banco projeta o dólar fechando o ano cotado a R$ 1,85 e a R$ 1,87 no ano que vem. "Reavaliamos a tendência dos determinantes da taxa de câmbio de equilíbrio no Brasil e consideramos o impacto, no curto prazo, das intervenções do Banco Central e da queda da taxa de juros. Como resultado, ajustamos nossas projeções da taxa de câmbio para R$ 1,85 no final de 2012 e R$ 1,87 em 2012. Antes esperávamos R$ 1 75 para os dois anos", dizem os economistas do Itaú Unibanco.