A produção industrial brasileira voltou a cair em março. O recuo foi de 0,5%, depois de ter crescido 1,3% em fevereiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Das 14 regiões pesquisadas, cinco tiveram queda no desempenho, informa o instituto. Os maiores recuos no desempenho foram apontados na Bahia
(-1,3%), Minas Gerais (-0,7%) e Santa Catarina (-0,7%) apontando perdas acima da média nacional (-0,5%). Tiveram taxas negativas também o estado de São Paulo (-0,3%), com o parque fabril de maior peso no país, e a Região Nordeste (-0,5%).
Os resultados melhores foram registrados no Paraná (9,8%), Goiás (6,7%) e Amazonas (6,5%), depois de registrarem recuo na produção no mês anterior: -7,4%, -4,2% e -8%, respectivamente. Rio Grande do Sul (2,6%), Rio de Janeiro (2,5%), Ceará (1,9%), Pará (0,9%), Pernambuco (0,4%) e Espírito Santo (0,3%) também tiveram avanço na produção em março. “Essa oscilação intensa no Paraná, por exemplo, aconteceu em função de fatores pontuais. O mês de janeiro foi marcado por paralisação na parte de veículos automotores, como caminhões e automóveis”, explica André Macedo, gerente de pesquisa do IBGE. O Paraná, diz, foi também prejudicado pela parte de refino de petróleo, alimentos, edição e impressão.
Na comparação entre março de 2012 e março de 2011, sete dos 14 locais pesquisados tiveram recuo na produção, com destaque para as perdas mais intensas verificadas em São Paulo (6,2%) e em Santa Catarina (6%). Os demais resultados negativos foram assinalados por Rio de Janeiro (2,4%), Espírito Santo (2,4%), região Nordeste (1,4%), Minas Gerais (0,7%) e Bahia (0,7%). Os estados de Goiás (24,7%) e Paraná (15%) tiveram as expansões mais acentuadas. Também registraram resultados positivos: Pará (5,5%), Rio Grande do Sul (1,5%), Ceará (1,3%), Amazonas (0,3%) e Pernambuco (0,1%).
A indústria mineira teve o pior desempenho em março, na comparação com o mesmo mês de 2011, nos segmentos de metalurgia básica (13%) e de veículos automotores (5,75%). As maiores altas foram registradas com produtos químicos (24%) e alimentos (3,8%). No Brasil as maiores quedas apontadas no mesmo período foram nos segmentos de equipamentos eletrônicos e de comunicações (18,4%) e de veículos automotores ( 7,5%). As altas acontecerem nos setores de equipamentos de transportes (11,3% e no de bebidas (6,8%).
Se for comparar o desempenho de janeiro a março com o mesmo período de 2011, houve queda de 3% na produção industrial. Os segmentos mais atingidos foram o de bens intermediários (minério de ferro, petróleo e minerais não metálicos) e de consumo semiduráveis (têxteis, vestuário, calçados, impressão e setor farmacêutico). A redução na produção atingiu oito dos 14 locais pesquisados, com quatro recuando acima da média nacional 3,%: Rio de Janeiro (6,8%), São Paulo (6,2%), Santa Catarina (5,9%) e Ceará (4,3%). Espírito Santo (2,4%), Amazonas (2%), Minas Gerais (1,4%) e Pará (1,2%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas no fechamento dos três primeiros meses de 2012. Goiás (18,8%), Bahia (8%) e Paraná (7,4%) tiveram os avanços mais acentuados, refletindo especialmente a maior produção de medicamentos, no primeiro local, de resinas termoplásticas, no segundo, e de livros e impressos didáticos no último. Também com resultados positivos figuraram Pernambuco (5,6%), Região Nordeste (4%) e Rio Grande do Sul (2,1%).