O emprego industrial recuou 0,4% em março na comparação com fevereiro, na série livre de influências sazonais, após ter registrado -0,3% em janeiro e 0,1% em fevereiro, informou nesta sexta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com março de 2011, houve baixa de 1,2% - o sexto resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde dezembro de 2009 (-2,4%).
No ano, o índice acumula recuo de 0,8% frente a igual período do ano anterior. A taxa dos últimos 12 meses (+0,2%) prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).
O índice de média móvel trimestral ficou em -0,2% na passagem dos trimestres encerrados em fevereiro e março, permanecendo com o comportamento predominantemente negativo presente desde outubro do ano passado.
Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o emprego industrial recuou 0,3% nos três primeiros meses de 2012, segundo trimestre consecutivo de taxa negativa, acumulando nesse período perda de 0,9%.
O contingente de trabalhadores sofreu redução em nove das 14 áreas pesquisadas na comparação entre março de 2012 e março de 2011. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado em São Paulo (-3,2%), pressionado em grande parte pelas taxas negativas em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para a redução nas indústrias de produtos de metal (-14 3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,3%).
O resultado negativo assinalado na região Nordeste (-2,4%) foi influenciado pelas quedas nos setores de vestuário (-8,9%), calçados e couro (-6,7%) e têxtil (-11,7%).
Em Santa Catarina (-1,4%), houve influência das perdas registradas em madeira (-15,3%), vestuário (-3,5%), produtos de metal (-9,1%) e calçados e couro (-15,6%). No Ceará (-3,2%), a queda foi influenciada pelas reduções de vestuário (-7,6%), calçados e couro (-4,5%) e têxtil (-9,1%).
Por outro lado, Paraná (3,2%) e Minas Gerais (1,9%) apontaram as principais contribuições positivas para o emprego industrial do País. Na indústria paranaense, as maiores influências positivas vieram dos setores de alimentos e bebidas (8,8%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (37,4%), enquanto, na indústria mineira, sobressaíram os ramos de metalurgia básica (7,5%), indústrias extrativas (8,6%) e produtos de metal (6,5%).