Brasília – Os próximos passos da inclusão financeira no Brasil devem passar pelo celular. O governo estuda formas de tornar o aparelho mais confiável para que o consumidor possa, além de realizar pagamentos e acessar a conta bancária, fazer investimentos e seguros. No restante do mundo, o telefone móvel ganhou essa função há anos, sobretudo na Índia e em países da África. Nessas regiões o mercado de seguros ocupou o espaço do Estado e passou a cobrir as demandas nas áreas de saúde e segurança. Tornou-se comum entre os indianos, por exemplo, antes de uma viagem de trem, comprar uma proteção contra acidentes via celular.
Segundo uma pesquisa mundial do Ibope realizada em parceria com a consultoria Nielsen, 25% das pessoas que possuem um smartphone no planeta já efetuaram algum pagamento via celular. No Brasil, esse percentual cai para 1%. A pesquisa mostra ainda, porém, que a maioria dos usuários dessa tecnologia, 54%, teme pela segurança das operações. O levantamento evidencia que esse meio de pagamento tem se tornado cada vez mais popular, uma em cada três pessoas no mundo usa serviços bancários pelo celular.
A expansão desse segmento no Brasil ficou limitada durante anos pela falta de legislação. Os órgãos reguladores do sistema financeiro receavam que o uso de meios de contratação indiscriminados facilitassem golpes e fraudes. Nos últimos anos, porém, com os avanços tecnológicos na telefonia, o brasileiro começa a se habituar a usar o aparelho como um computador de mão e o governo viu no celular uma porta para melhorar a inclusão financeira no país.
INCLUSÃO
“Temos, na base da pirâmide social, o telefone celular. São mais de 247 milhões de linhas no país. A tecnologia móvel permitirá a inclusão dessa população, que hoje está fora do sistema bancário”, diz Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ele fez a defesa da telefonia enquanto ferramenta de inclusão durante o lançamento da Parceria Nacional para Inclusão Financeira, um projeto dividido pelo Sebrae e pelo Banco Central. A diretora do Departamento de Serviços de Universalização de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Miriam Wimmer, também informou que o governo montou uma comissão para preparar o marco regulatório dos pagamentos por meio de celulares. “Muita gente não tem acesso a agências bancárias, mas tem celular. São 128 aparelhos por 100 habitantes.”
Além da regulação dos meios de pagamentos via telefone, deve sair ainda este ano a regulação dos microsseguros, que vai simplificar a contratação desse produto. Atualmente, no país, o microsseguro mais comum é o auxílio funeral, porém, ele também é comercializado por empresas que não são seguradoras ou corretores. É comum em várias cidades o consumidor fazer um “seguro caixão” com uma funerária, o problema é que em muitas situações o cliente acaba lesado, não recebe o que comprou e apenas perde dinheiro. Com a nova legislação, esse tipo de problema deve ser reduzido, pois apenas empresas credenciadas na Superintendência de Seguros Privados (Susep) terão autorização para vender microsseguros.
Eugenio Velasques, diretor executivo do grupo Bradesco Seguros e presidente da comissão de microsseguros e seguros populares da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), acredita que o Brasil entrou na “era de ouro dos seguros”. Nos cálculos dele, o mercado pode triplicar em 10 anos. Velasques explica que o segmento está altamente ligado à expansão econômica e ao crescimento da renda do trabalhador.
Segundo uma pesquisa mundial do Ibope realizada em parceria com a consultoria Nielsen, 25% das pessoas que possuem um smartphone no planeta já efetuaram algum pagamento via celular. No Brasil, esse percentual cai para 1%. A pesquisa mostra ainda, porém, que a maioria dos usuários dessa tecnologia, 54%, teme pela segurança das operações. O levantamento evidencia que esse meio de pagamento tem se tornado cada vez mais popular, uma em cada três pessoas no mundo usa serviços bancários pelo celular.
A expansão desse segmento no Brasil ficou limitada durante anos pela falta de legislação. Os órgãos reguladores do sistema financeiro receavam que o uso de meios de contratação indiscriminados facilitassem golpes e fraudes. Nos últimos anos, porém, com os avanços tecnológicos na telefonia, o brasileiro começa a se habituar a usar o aparelho como um computador de mão e o governo viu no celular uma porta para melhorar a inclusão financeira no país.
INCLUSÃO
“Temos, na base da pirâmide social, o telefone celular. São mais de 247 milhões de linhas no país. A tecnologia móvel permitirá a inclusão dessa população, que hoje está fora do sistema bancário”, diz Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ele fez a defesa da telefonia enquanto ferramenta de inclusão durante o lançamento da Parceria Nacional para Inclusão Financeira, um projeto dividido pelo Sebrae e pelo Banco Central. A diretora do Departamento de Serviços de Universalização de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Miriam Wimmer, também informou que o governo montou uma comissão para preparar o marco regulatório dos pagamentos por meio de celulares. “Muita gente não tem acesso a agências bancárias, mas tem celular. São 128 aparelhos por 100 habitantes.”
Além da regulação dos meios de pagamentos via telefone, deve sair ainda este ano a regulação dos microsseguros, que vai simplificar a contratação desse produto. Atualmente, no país, o microsseguro mais comum é o auxílio funeral, porém, ele também é comercializado por empresas que não são seguradoras ou corretores. É comum em várias cidades o consumidor fazer um “seguro caixão” com uma funerária, o problema é que em muitas situações o cliente acaba lesado, não recebe o que comprou e apenas perde dinheiro. Com a nova legislação, esse tipo de problema deve ser reduzido, pois apenas empresas credenciadas na Superintendência de Seguros Privados (Susep) terão autorização para vender microsseguros.
Eugenio Velasques, diretor executivo do grupo Bradesco Seguros e presidente da comissão de microsseguros e seguros populares da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), acredita que o Brasil entrou na “era de ouro dos seguros”. Nos cálculos dele, o mercado pode triplicar em 10 anos. Velasques explica que o segmento está altamente ligado à expansão econômica e ao crescimento da renda do trabalhador.