A Grécia pode continuar a receber recursos da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) mesmo se deixar o euro, disse hoje a revista alemã Der Spiegel, citando planos do Ministério das Finanças da Alemanha.
A reportagem afirma que apenas os recursos que vão para o orçamento da Grécia deixariam de fluir. Já aqueles que servem às obrigações assumidas pelo Banco Central Europeu (BCE) como parte dos esforços de resgate continuariam a ser pagos. O objetivo seria mitigar os efeitos de uma eventual saída, ou seja, evitar que as perdas do BCE atinjam os governos europeus.
Uma porta-voz do Ministério das Finanças disse hoje que os esforços continuam focados em manter a Grécia na zona do euro, acrescentando que o país deve, entretanto, fazer a sua parte. Ela se recusou a comentar a matéria da Der Spiegel.
De acordo com o chefe da EFSF, Klaus Regling, a saída da Grécia da zona do euro seria a solução mais custosa para os problemas atuais. "Essa seria a mais cara solução para todos os lados", disse ele ao jornal austríaco Die Presse. "Essa é a razão pela qual os governos da zona do euro estão fazendo tudo que é possível para manter a Grécia" no bloco.